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Presidente da Asbraer defende celeridade para o início das atividades da Anater

31/03/2016


Extensionistas rurais e lideranças do setor se reúnem hoje (31) e amanhã (1º) para debater o fortalecimento da extensão rural pública estatal e da agricultura familiar durante a Conferência Nacional Temática dos Trabalhadores da Ater Pública. Durante o encontro serão produzidas 30 propostas, a serem levadas à 2ª Conferência Nacional de Ater (CNATER), em junho.
Para o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Paulo Cabral, o trabalho do extensionista traz conscientização aos agricultores sobre quais são as políticas públicas mais adequadas para a agricultura familiar. “Para isso, precisamos revigorar a extensão rural pública e universalizar o serviço. Isso passa também pela valorização dos trabalhadores da extensão, que precisam ter bons salários, boa estrutura e boa formação”, observou.
Já o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Marenilson Batista da Silva, lembrou que é preciso garantir o espaço da Ater pública no atual momento. “O fortalecimento da Ater pública garante a produção de alimentos de qualidade em todo o país”, arrematou.

Respeito aos extensionistas e às Emateres 
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Ater (Asbraer), Argileu Martins, as conquistas dos trabalhadores da extensão foram bastante significativas, do fim da década de 1990 até hoje, mas a articulação e o envolvimento dos profissionais da área deve aumentar, para não haver retrocessos. “Nesse período, consolidamos um arcabouço legal que garante a prestação do serviço de forma mais eficiente ao agricultor”, falou Argileu. “A Ater mudou dos anos 1990 para cá. Temos que resolver rapidamente algumas coisas. Temos que construir a ponte com base forte. E a força está na base social. Existe quem queira travar a Anater. Queremos que a Anater avance. Ela é quem deve nortear a execução das políticas para a Ater no país.
Para Argileu, todos os setores da sociedade e do governo devem dar tratamento digno aos trabalhadores do setor e aos serviços prestados à população. “Precisamos que o Ministério da Agricultura reconheça a importância do serviço público estadual de Ater e ajude na consolidação da Anater para fazer a coordenação nacional. Os extensionistas do sistema público e as Emateres merecem respeito e de todos os setores do governo”, destacou.
Propostas: 
O presidente da Asbraer, Argileu Martins, também defendeu propostas para o encontro. São elas:
- Garantir a participação sistêmica do governo federal no financiamento.
- Garantir que os recursos cheguem ao sistema oficial.
- Ter instrumento diferenciado para garantir recursos às entidades estaduais de Ater.
- Ter protagonismo no serviço do Estado. 
- Reunir os interessados locais nas chamadas para a construção das chamadas.
- Garantir a implantação da Anater.
- Estabelecer articulação formal com os municípios.
- Consolidar um sistema de Ater nas esferas federal, estadual e municipal.
- Construir uma plataforma e uma rede de formação continuada de Ater.
O encontro teve também a participação do deputado federal Zé Silva, que defendeu mais participação dos extensionistas no processo democrático. “Se a extensão rural não sair só da trincheira técnica e entrar para a organização sindical, política, conquistando – através do voto popular – cadeiras nas câmaras, prefeituras, assembleias e no congresso nacional, possivelmente teremos muitas dificuldades de sobreviver. E fazemos um serviço tão essencial à nação brasileira, tão importante; que existe há mais de sete décadas”, avaliou.
A conferência, realizada em Brasília, é organizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil (Fazer) e conta com a participação de extensionistas de todo o país.
 
Fonte: ASBRAER